O grafite em Lisboa ou melhor dizendo, a arte de rua, está merecendo um grande destaque na cidade e, para tanto o Departamento do Patrimônio Cultural criou o GAU – Galeria de Arte Urbana – um gabinete que tem como missão a promoção do graffiti e da street art em Lisboa. Este gabinete publicou um livro com um mapa das Street Art que podemos ver espalhadas pela cidade e conta com o apoio do grafiteiro Alexandre Farto, que assina como Vhils. Ele e a francesa Pauline Foessel criaram a Underdogs Gallery, que fica na Rua Fernando Palha 56 e que promove exposições e arte pública e já deu a Lisboa 19 murais dos mais diversos grafiteiros do mundo!
Um pouco da street art em Lisboa
Nós resolvemos procurar as streets arts sozinhas tomando como base a pesquisa que fizemos no mapa das streets arts no site: Stick 2 Target. Mas se você preferir, há passeios guiados como esse aqui para ver e conhecer mais sobre as obras.
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- Rostos do muro azul (metrô Alvalade) – Ao final da Avenida de Roma chegamos à Av do Brasil e bem em frente fica o centro Hospitalar que faz fundos com a Rua das Murtas. O muro do Centro Hospitalar Psiquiátrico ficou conhecido como “os rostos do muro azul”. O projeto é uma parceria entre o centro psiquiátrico e a GAU. Vários artistas nacionais e estrangeiros já deixaram registrado sua arte e hoje o conjunto já conta com 60 obras dedicadas à temática do rosto, sob o azul que cobre este longo muro.
- Pedro Álvares Cabral descalço e pedindo esmolas – o painel do brasileiro Nunca fica na Rua Vale Formoso de Cima, 167, em Marvila. O mistério do painel é descobrir quem estará dando as esmolas e o artista disse que fará no Brasil um painel com esta imagem, a conferir
- UD Clemens Behr – perto do painel de Pedro Álvares Cabral fica outro de Clemens Behr, na Rua do Vale Formoso de Cima, 129. Ele é um designer gráfico e artista alemão que começou com o grafitti e que hoje faz instalações arquitetônicas com elementos baratos e descartados. Suas instalações normalmente são baseadas em formas geométricas que refletem o ambiente onde se encontram.
- Crossroads (cruzamento, encruzilhada) – Sainer, um grafiteiro polaco de 27 anos, cobriu a lateral de um prédio com o desenho de uma senhorinha com uma sacola na mão caminhando distraída com um cigarro na outra mão e acompanhada por um cão e um pato. Sainer além de trabalhos solo realiza trabalhos em dupla com Bezt, com quem forma a dupla Etam Cru. Este painel fica em Olaias (metrô Olaias). Para encontrar o prédio, siga a Avenida Afonso Costa entre as rotundas do Aeeiro e das Olaias.
- Praça Marquês de Pombal – Na grande rotatória da da praça várias ruas se encontram e uma delas é a Avenida Fontes Pereira e Melo. Nessa rua no quarteirão entre as ruas Andrade Corvo e Martens Ferrão (estação metro Picoas) ficam os murais de vários artista internacionais – os brasileiros Os Gêmeos, os italianos Blu e Eric Il Cane, e o espanhol Sam3 – em 3 prédios seguidos. A obra foi considerada umas das 10 melhores do mundo pelo jornal britânico The Guardian.
- LX Factory – A LX Factory, uma antiga fábrica que hoje é polo cultural em Lisboa, abriga mais de uma(s) dezena(s) de obras. Entre elas, a abelha gigante feita de lixo, obra de Bordalo II e um dos tantos animais da série Big Trash Animals à solta por Lisboa.
Ali perto, na Rua de Cascais, um muro abriga também diversas outras obras de arte. Uma delas é o primeiro rosto esculpido por Vhils, artista português. O rosto é do artista americano Brad Downey, amigo de Vhils. Ele também é autor de um belo painel que enfeita o terraço do MAR, no Rio de Janeiro, e de diversas outras obras espalhadas pelo mundo. Sua marca registrada são rostos de pessoas esculpidos nas fachadas de construções.
Nota: A última obra de Vhils em Lisboa é uma homenagem a Marielle Franco, feita em 2018.
- Miradouro N. Sra. do Monte – O caminho para este miradouro é cheio de street arts pelos muros! Fique de olho. Os dois abaixo são na Travessa do Monte. A obra é de Mariana Dias Coutinho e retrata Natália Correia e Florbela Espanca.
Essas são só algumas obras que podem ser vistas em Lisboa. É sempre bom ficar de olho no mapa, porque muitas obras “desaparecem” e outras surgem!
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