Continuando nosso diário de bordo, chegamos à nossa segunda parada, Saint-Tropez. Ainda na Côte d’Azur, a cidade é um balneário de luxo acessível a reles mortais. O centro da cidade é onde fica o porto. As praias são distantes, não dá para ir a pé. A cidade é conhecida pelos seus clubes de praia, que alugam camas e cadeiras na areia e que também são restaurantes. Há uma enorme variedade de clubes em todas as praias. Se você escolher por não ficar em um dos clubes, há alguns pedaços públicos na areia, mas não há nada para comer ou beber por perto, você só será servido se estiver em um clube. Ah, se for no verão, reserve seu cantinho de areia com antecedência! No caminho entre as praias e o centro há diversas vinícolas, como Château de Pampelonne e o Château des Marres. Não se iluda, placas afirmam que há degustação, mas ao entrar você descobre que eles somente vendem vinho (talvez na alta temporada tenha degustação ou talvez você possa agendar pelo telefone…). Mas vamos então ao nosso roteiro!
Dia 05 (Domingo de Páscoa): Depois de um caprichado café da manhã de Páscoa, saímos de Nice e fomos direto a Saint-Tropez. A distância entre as cidades é um pouco mais de 100km e a viagem levou um pouco mais de 2 horas. Após nos perdermos algumas vezes para encontrar nosso ‘Chambre d’hôte’, finalmente nos acomodamos e fomos ao centro da cidade (a casa ficava a uns 5kms do centro). O movimento em Saint-Tropez se concentra entre a Place des Lices e o Porto. Todos os caminhos saindo da praça conduzem ao porto, onde você pode encontrar diversos bares e restaurantes e onde ficam parados os iates, veleiros e barquinhos de pescadores. Almoçamos pelo porto e tiramos a tarde para passear pela cidade. Há uma enorme quantidade de brechós e lojas de luxo. Todas caríssimas. Os brechós vendem peças praticamente novas, todas de estilistas renomados e, portanto, custando os olhos da cara… Lindo de se ver, no entanto… O triângulo formado pela Place de Lices, Rue Gambetta e Rue Allard seria o equivalente à 5ª Avenida de NY, com butiques como Dior, Chanel, Louis Vuitton entre outras. Como já tínhamos gasto além da conta no almoço (almoçar no porto e em Saint-Tropez pode acabar com as economias de qualquer um!), decidimos fazer umas comprinhas no mercado e comer no quarto. Optamos por queijo, pães e vinho rosé.
Curta nossa página no Facebook!
Dia 06: A Páscoa para os franceses é comemorada na segunda-feira. A cidade estava em festa: música, desfiles de trajes típicos de época e homens atirando para todo lado com suas armas de festim. Decidimos logo cedo reservar nosso almoço no Club 55, o mais famoso dos clubes de praia (e não o mais caro). De lá partimos para um passeio pela Citadelle. Facilmente alcançada a partir do centrinho: sobe-se uma pequena ladeira e depois vê-se logo os degraus de madeira. O visual da cidade lá de cima é lindo. Lá também está o Museu de História Marítima. Maiores informações aqui.
Voltamos ao Club 55 para nosso almoço (aguarde pelas reviews de restaurantes!) e depois sentamos em um dos bares à beira do porto para um café gourmand. Pela tarde, visitamos Port Grimaud, cidadezinha que guarda grande semelhança com Veneza. Diversos canais se cruzam pela mini cidade, com diversas pontes que juntam os diferentes lados. Há barcos elétricos que podem ser alugados para um passeio pelos canais (havia crianças dirigindo os barcos, ou seja, difícil não deve ser…). A cidade é lindinha e vale a visita. Fica a uns 20 minutos de Saint-Tropez. Mais uma vez, optamos por comer no quarto.
Dia 07: Aproveitamos a manhã para visitar o marché que acontece toda terça e sábado na Place des Lices. Lá vende-se de tudo – roupas de segunda mão, frutas e verduras, geleias, mel, queijos, azeitonas, bolsas de palha e até mesmo artigos no melhor estilo “camelô”. Imperdível!
A continuação do dia 07 vai ficar para o próximo post, com nossa ida para Moustiers-Saintes-Maries!
Não saia de Saint-Tropez sem comer uma tarte tropeziénne. Há diversas lojas espalhadas pela cidade. Experimente uma pura e também uma com morango ou frutas vermelhas. A torta é feita desde 1950, porém só foi batizada em 1955 por Brigitte Bardot, que filmava na cidade “And God Created Woman”, que gostou tanto da sobremesa e sugeriu que tivesse um nome apropriado. Assim surgiu o nome Tarte Tropeziénne, que mais tarde virou uma marca tradicional na cidade.
Para ver os primeiros dias da nossa viagem, clique aqui.